Mãe Romeida, raiz que brota da terra,
Flor que o vento não dobra, não fere.
És mais que nome, és história inteira,
Colo onde o mundo inteiro cabe.
Inês, outra mãe de meu caminhar,
Silêncio que abraça, fala sem falar.
Sorriso em calmaria, palavra certeira,
És cais seguro, em mar de tempestade.
E tu, Elza, estrela de afeto e vigília,
Guardiã dos sonhos de uma infância.
Na tua ternura, constelação brilha,
Segurando o tempo com uma dança.
Três mulheres, três faróis acesos,
A vida encontra refúgio em seus braços.
E eu, menino e homem, nasço em seus gestos,
Sou poema esculpido por seus traços.
Mãe é palavra que a língua não abraça,
É força de vida, é esperança que passa.
E em cada uma de vocês, eternamente,
Mora um pedaço meu, doce e permanente.
Renato Paes Leme